sábado, 3 de dezembro de 2011

Despedida...



Não sei mais o que me importa agora
Não há despedida quando se está só
Mas, depois da despedida, percebi a hora
A solidão não vivia comigo até esse nó

Você sorrateira me levou do limbo
Devastou minha agonia
Sacou-me da água fria
E jogou-me em teu campo limpo

Meu coração é contramão
Só deu-me a graça ao advento
A despedida me trouxe a solidão
Do coração será o relento

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Aurora


Diante dessa inspiração
Mergulho em chão, vôo em vão
Não sei o que se faz
Nem como mais se chega ao cais
Nesse imenso mar
Continuo a vagar e divagar
É que teu encanto me levou ao graal
Como não posso enxergar nenhum mal
Permaneço inebriado a seguir à nau
Pelos leitos arriscados do teu leve vendaval
Aquiesci em mim tua aurora
Naveguei em ti antes da hora
Entreguei-te meus pudores secretos
Esqueci-me dos teus silentes discretos
Deixei-me envolver em tal sabor
Não sei de onde virá teu amor...

terça-feira, 4 de outubro de 2011


Quanta adversidade
Quanta promiscuidade
Há um mundo em contramão
Inconsciências em tenra idade
Viver às vezes, tão sem razão
O que seria dela sem constatação
A que em mundos perdidos estamos
E que moribundos num vale inóspito vagamos

Óh mundo, óh razão
Por onde irá meu vulto
E para quem minha oração

Óh Deus, óh mundo
Faça-me crer na razão
A que vivemos a ser felizes no futuro
O encanto que se perde no vão
Em meio à estrada, tão prematuro
É mais o futuro, é mais a razão.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011



  Latis fundos
Após tantos males sobrevindos e vindouros
Talvez possa dizer que aprendi com os erros
Ou que saberei cometer ainda dos mais diversos
Enquanto vivendo, errante serei nos passos
Migrante entre acertos e atropelos
Errante entre atropelos de enredos
Ser sapiente de coração a ermos
No claustro profundo dos alheios insólitos
Despercebido do real doce dos alvéolos
Embevecido dos insalutares cortisóis omissos
Embriagado de mim, revel dos felizes prantos

sexta-feira, 11 de março de 2011

O que será a liberdade...
De que serve a imagem
De que serve a paisagem
De que serve a miragem
Se não há ainda a prisão
Se não há ainda a escravidão
A devassidão, ou melhor, a paixão
Serventia de que, tem, sem música de fundo
Sem o espírito de fortúnio, profundo, vagabundo
Toda a liberdade aprisiona-se na ausência de um laço
Nos grilhões de um abraço que se faz escasso
Que de tanto buscar sinceridade
E Encontrar vaidade, promiscuidade
Permite-se ao acaso crasso por cansaço 

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Acaso, Incerteza: VIDA! (por inspiração de Ana Beatriz)

Você deve ir... sem medo de errar!
Siga em frente
O futuro é um acaso...
É por estradas tortas que encontramos nosso futuro,
Irremediavelmente nosso...
Não sou feliz,
Nem sou triste,
Apenas, sou!
E se um dia for feliz... é que a sorte me encontrou.
É isso que sinto e sei
Essa é minha realidade
O futuro é nosso e é a gente que constrói,
Se a gente passa nas provações... 
Alguma coisa ela nos deixa de prova
Mas ainda me ignoro...
Um dia encontro meus erros
Tentarei corrigi-los
Talvez o consiguirei.
Minha reflexão
Mais que passional é melancólica
Procuro encontrar inutilmente minha alma em outro lugar...
Acabo-me perdido... solto pelo destino.
Como uma pluma que voa ao sabor do vento
O que me pertence? Apenas eu.
Todo o resto é uma confusão que a gente faz
Ainda não sei o que eu quero
Porque às vezes quando consigo, não quero mais!
A vida é um jogo desleal
O vencer é pura falácia
Ah... se eu pudesse ser menos ignorante
Não consigo me compreender.
Que dirá os outros... quanta complexidade!
Em termos inúteis tento descrever o indecifrável
Fugaz...