quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

La desilusión de mi ser


A veces me pongo a pensar
Adonde me fuí abandonar
Adonde pusieron a mi amor
Por donde salgo del dolor

A veces me quedo a imaginar
Si pudiera contigo ahora estar
Me encantan las líneas de aquel ser
Si pudiera beberia de aquel placer

És que nada llego a hacer
No la tengo entre mis manos
No detengo aquellos besos
Sólo la desilusión de mi ser

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Frente a frente



Quando te olhei frente a frente
Enxerguei seu rosto imperfeito
A pálida face sorridente
E todo o amor rarefeito

Quando te olhei frente a frente
Refiz o meu jeito
Desfiz o segredo
Sanei minha mente

Quando te olhei frente a frente
Não sei o que vi
Só vi e renasci
Nasci em outro ventre

Quando te olhei frente a frente
Perdi-me de ti
Achei-me aqui
Qual limbo de mente

Quando te olhei frente a frente
Olhei tua face
Não vi o meu rosto
Pensei que mudasse
Não que findasse
Deposto o amor
Imposto à dor

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Aguardente de minha alma


A culpa foi minha
O problema foi meu
Se agora a tristeza te avizinha
"I was", "fué yo", fui eu

Perdão de nada serve
Se as vicissitudes nos perseguem
Olvidando nossa prece
Disfarçando-a "inverse"


Entristece-me a frieza
Por que me porta o coração,
Aformoseando com proeza
Alheia, e minha, a gélida solidão

Interessa-me o perder,
O perder-se em se ver
O encanto florescer, renascer
Infindo a reviver-se em seu ser

Um sonho transfigurado,
Duas mãos em um retrato
Falado, propagado, destacado,
Na estante da sala reservado

Vida nascida num olhar,
Gravado na terna beleza,
Singela revista ao beijar
Da cor da melhor natureza

Espero, em Deus, encontrar
Aguardente de minh'alma
Tornando-me hábil a deleitar
Do mel do amor e sua calma

domingo, 22 de abril de 2012

ABORTO



Depois de tanto ter cuidado
De ter minunciosamente formulado
De estar sempre ao teu lado
De estar sempre ao teu regalo
De nunca provocar tua inconstância
De sempre te fazer sentir abundância
De tanto amor carinho em constância
E apesar de tudo
Ao revés e de encontro
Tu me jogaste ao chão
Tu me largaste no vão
Antes de mostrar-me a ti
Antes de jogar-me aí
Abortaste-me sem álibi
Atiraste-me no peito
Como Judas, um beijo
Jogaste-me ao leito
Moribundo, sujo, feio
Suicidaste-me num ato
Manchaste teu retrato
E agora, então?
O que restou no vão,
No chão, anão...
Desilusão
Solidão.